Caiado diz que direita vai se unir para derrotar o PT no segundo turno em 2026
Pré-candidato à Presidência, governador de Goiás defende que pluralidade de candidaturas no primeiro turno é estratégia para enfraquecer o PT e levar a disputa para o segundo turno

Durante sua participação na Expert XP 2025, em São Paulo (SP), neste sábado (26/7), o governador Ronaldo Caiado afirmou que os partidos da direita devem chegar à disputa presidencial de 2026 com candidaturas diversas e, no segundo turno, se unir em torno de um nome. O movimento, segundo ele, é a melhor estratégia para derrotar o governo atual. Caiado lançou sua pré-candidatura em abril deste ano, pelo União Brasil (UB).
Respondendo a uma pergunta do diretor institucional da XP, Rafael Furlanetti, Caiado disse que, quando se lança um único candidato no primeiro turno, o PT tem a oportunidade de usar a máquina pública para “destruir” essa pessoa. E complementou: “Eles concentram o ataque em um só. Mas, quando somos três candidatos, por exemplo, não dá para atingir todos ao mesmo tempo. E, no final, um de nós vai chegar ao segundo turno — e todos os outros estarão juntos”, afirmou.
Caiado pediu: “Acreditem em nós. Nós sabemos fazer política. E, mais do que isso, sabemos governar. Governamos nossos estados com diálogo e responsabilidade”. Ele ainda reconheceu a importância da liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro e o alcance dos demais nomes cotados para as eleições, mas disse que “cada um tem sua área de influência”. Os governadores Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, também participaram do evento.
Para o governador, a direita compartilha do sentimento de que a gestão Lula não conseguiu, ao longo dos últimos três anos, enfrentar os problemas da segurança pública, saúde e educação. Em vez disso, de acordo com Caiado, centrou sua gestão na “fofoca e na politicagem”. No que diz respeito às negociações para derrubar o tarifaço, os governadores fizeram coro quanto à ineficiência das negociações diplomáticas conduzidas pelo Brasil com os Estados Unidos.
Presidencialismo
Caiado também levantou a bandeira do presidencialismo e disse que, ao ser eleito, “vai fazer valer” esse sistema de governo. O chefe do Executivo mencionou que, ao longo dos seus 24 anos de mandatos no Congresso Nacional, os parlamentares priorizavam a discussão sobre temas relevantes para a sociedade, enquanto atualmente a atuação dos congressistas está contaminada pela distribuição de verbas para emendas impositivas.
“A preocupação hoje é saber quanto cada um tem de emenda impositiva: se é individual, de comissão ou de bancada. Ou seja, houve uma deformação. Não temos mais um verdadeiro presidencialismo. Essa é a verdade”, avaliou. Para ele, esse processo tem um efeito dominó, que chega aos estados e municípios. “Imagine um prefeito que mal consegue manter a folha de pagamento e ainda tem que lidar com emendas impositivas. Então, essa questão precisa ser discutida”, finalizou o governador.